sexta-feira, 23 de abril de 2010

O ANTI-LULA (POR FERNANDO FERRO)

Os demo-tucanos querem, na prática, esconder que fizeram parte do fracassado governo FHC (1995-2002), que quebrou o país três vezes, levou ao apagão de 2001 e rastejou perante o FMI.

Em 2002, no plano federal, o povo queria mudanças e eles prometiam continuidade; agora, a grande maioria da população quer manter o ritmo mudancista, com crescimento econômico, geração de empregos e inclusão social, e eles querem retroceder.

A tática é tentar desconstruir os êxitos alcançados a partir de 2003.

Certamente o PT e seus aliados não terão dificuldades para remover as densas camadas de mistificação montadas para embelezar o retumbante malogro dos governos de FHC.
Já em 2006, independentemente da histeria da maior parte da mídia, o povo separou o joio do trigo.

Insiste-se que o governo Lula seria simples continuação do de FHC, mas a maioria da população sabe que não é. Exemplo: em oito anos, FHC criou 780 mil empregos, registrados no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) para celetistas, enquanto em sete anos e meio o governo Lula gerou 12 milhões.

Esse dado é estarrecedor e tanto mais grave quando se considera que há quem pense que não é necessariamente um símbolo do fracasso de FHC, porque entre suas prioridades não estava a geração de empregos.

Com Lula, o salário mínimo teve aumento real de 53%, desmentindo a cantilena neoliberal de que esse aumento quebraria a previdência e os pequenos municípios.

A dívida externa foi eliminada, e a interna, reduzida em mais de 20 pontos percentuais. A dívida com o FMI foi quitada e o país se tornou credor da instituição, além de construir uma reserva cambial de US$ 240 bilhões.

O Brasil de Lula, com políticas heterodoxas, firmeza e em defesa do interesse nacional, conseguiu superar os graves reflexos da crise mundial iniciada em 2008, a qual teria levado o país à UTI se ocorrida no ortodoxo governo de Fernando Henrique.

Este, diante das crises periféricas que enfrentava, recorria ao FMI para pedir um empréstimo, aumentava impostos e as taxas de juros e arrochava os salários. Em 2008, Lula apostou no consumo e, em vez de aumentar os impostos, aplicou uma desoneração gigantesca. Foi dessa maneira que o Brasil superou a crise.

O povo percebe em seu dia a dia as alterações que vão se processando e que se expressam nas taxas mais baixas de inflação da história, no sucesso dos programas sociais e na maior oferta de oportunidades em muitos aspectos da vida.

Com políticas públicas e desatrelados do elitismo, fortalecemos a economia interna, com a inclusão de 30 milhões de pessoas à classe média.

A vitória frente a FHC não se deu apenas nos números da economia, nos indicadores sociais e na política externa. O avanço na consolidação dos espaços da democracia é igualmente importante: o conjunto de conferências realizadas (saúde, idosos, comunicação etc.) revela a participação popular na construção de políticas públicas.

Até o PAC foi também elaborado a partir de contribuições de lideranças populares e empresariais, inovando na forma de governar e consolidando instrumentos de democracia direta.

A oposição busca desqualificar e negar a realidade, guiando-se, sem respeitabilidade democrática, pela memória de Carlos Lacerda. Qual é o presente de uma oposição que hoje usa discurso moralista hipócrita, fingindo ignorar inúmeros comprometimentos com diferentes e repetidos casos de corrupção, onde a crise de Brasília é apenas a mais visível?

Não há como José Serra escapar de ser o anti-Lula: a eleição será plebiscitária e marcada pela confrontação entre os dois polos. As comparações podem ir além de Lula e FHC, envolvendo também os governos estaduais e municipais e temas como ética, gestão, soberania nacional etc.

A comparação é tão importante e necessária que o candidato tucano usa discurso defensivo e matreiro do pós-Lula. Quer pegar carona na popularidade de Lula, a quem não consegue atacar, e revela que não houve nem haverá pós-FHC.

Essa é a síntese de um confronto de projeto que nos é amplamente favorável. A história nos diz que não há futuro sem presente e passado. Mas os tucanos tentam desesperadamente esconder o seu.

*Fernando Ferro é engenheiro eletricista, é deputado federal pelo PT-PE, líder do partido na Câmara dos Deputados e vice-presidente da Comissão de Energia e Minas do Parlamento Latino-Americano (Parlatino).

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Lista de Exercícios de 01/04/2010

1) Arranje os seguintes metais na ordem crescente de força como agentes redutores de espécies dissolvidas em água: Utilize a Tabela de potenciais para tirar suas conclusões. Justifique sua resposta.
(a) Cu, Zn, Cr, Fe
(b) Li, Na, K, Mg
(c) Ni, Sn, Au, Ag

2) Qual dos íons em solução aquosa listados a seguir é reduzido mais facilmente ?
(a) Cu+2, Zn+2, Fe+2, Ag+, Al+3

3) Escreva as semi-reações do anodo e do catodo para a pilha galvânica a seguir. Escreva a equação para a reação global da pilha:
(a) Al(s) | Al+3(aq) || Ni+2(aq) | Ni(s)

4) Escreva as semi-reações do anodo e do catodo para a pilha galvânica a seguir. Escreva a equação para a reação global da pilha:
(a) Al(s) | Al+3(aq) || Ni+2(aq) | Ni(s)

5) Calcule o potencial-padrão, dê a notação-padrão de pilha e identifique também o anodo e o catodo.para a seguinte reação:
Mg(s) + Fe+2(aq) => Mg+2(aq) + Fe(s) Utilize a tabela de potenciais padrão de redução em anexo;

6) Com Base apenas nas meias-reações da Tabela de Potenciais Padrão de Redução em anexo, determine qual reação vai ocorrer em cada uma das seguintes misturas, em seus estados padrão. Sugestão: Escreva as semi-reações possíveis com seus respectivos potenciais padrão de redução.
(a) I2, I- e Fe+2, Fe+3
(b) Mg, Mg+2, e Cr, Cr+3
(c) Co, Co+2 e H2SO3, SO4-2
(d) Br-, SO4-2 , H2SO3, Br2
(e) Cl2, Br2, Cl-, Br-

7) Quais são a reação global da pilha e o potencial-padrão da pilha constituída de uma pilha galvânica que utiliza as meias-reações a seguir?

NiO2(s) + 2H2O + 2e- -> Ni(OH)2(s) + 2OH- (aq) ENiO2 = + 0,49 V

Fe(OH)2(s) + 2e- -> Fe(s) + 2OH- EFe(OH)2 = - 0,88 V

8) Quais são a reação global da pilha e o potencial-padrão da pilha constituída de uma pilha galvânica que utiliza as meias-reações a seguir?

Cr+3(aq) + 3e-- -> Cr(s) ECr+3 = - 0,74 V

MnO4-(aq) + 8H+ + 5e- -> Mn+2(aq) + 4H2O- EMnO4- = + 1,51 V

9) Quais seriam a reação global da pilha e o potencial-padrão da pilha constituída de uma pilha galvânica que utiliza as meias-reações a seguir?

Al+3(aq) + 3e-- -> Al(s) EAl+3 = - 1,66 V

Cu+2(aq) + 2e- -> Cu(s) ECu+2 = + 0,34 V

10) Uma pilha típica de uma bateria de chumbo do tipo usado para dar partida a automóveis é construída usando-se eletrodos feitos de chumbo e óxido de chumbo IV (PbO2), com ácido sulfúrico como eletrólito. As meias-reações e seus potenciais-padrão de redução nesse sistema são:

PbO2(s) + 3H+ + HSO4-- + 2e- -> PbSO4(s) + 2H2O EPbO2 = + 1,69 V

PbSO4(s) + H+ + 2e- -> Pb(s) + HSO4-(aq) EPbSO4 = - 0,36 V

Qual é a reação global da pilha e qual é o seu potencial-padrão?

6) Determine se as reações abaixo são espontâneas nas condições padrão:
(a) Ni+2(aq) + H2(g) => Ni(s) + 2H+(aq)
(b) Fe+3(aq) + 2I-(aq) => Fe+2(aq) + I2(s)
(c) Br2(l) + 2Cl-(aq) => 2Br-(aq)+ Cl2(g)
(d) Cr2O7-2(aq) + 6Fe+2(aq) +14H+ => 2Cr+3(aq) + 6Fe+3(aq) + 7H2O(l)