Há um tempo atrás fui convidado para participar de uma pesquisa sobre uma possível industrialização do princípio ativo da maconha para fabricação de um medicamento pelo LAFEPE, antiga e saudosa casa de trabalho e lutas.
A pesquisa envolvia o desenvolvimento conceitual de um processo de fabricação de um medicamento de nome genérico Dronabinol cuja referência era o Marinol registrado noa Estados Unidos.
O projeto de pesquisa foi antecedido, obviamente, do pedido de autorização à Justiça Federal, Polícia Federal e à autoridade sanitária do país para tal. O produto seria utilizado como anti-emético para pacientes que fazem uso de quimioterapia no tratamento do câncer, bem como para portadores do vírus HIV com a finalidade de reduzir a anorexia manifestado por alguns pacientes.
A idéia era utilizar toda a droga aprendida e que era movimentada pelo tráfico para a partir dela, extrair o princípio ativo (Delta-9-Tetrahidrocanabinol) e desenvolver uma formalação para dispensar em cápsulas moles.
Infelizmente o pleito foi vetado pela Justiça Federal com base nos parecer da antiga SVS que se limitou a enquadrar o pleito da legislação vigente e não chegou sequer a discutir o mérito. Pra nós autores da proposta ficou e nos rendeu uma publicação na revista Pharmaceutical Technology Edição Brasileira.
A lembrança deste trabalho me veio a mente após ler a recente matéria da revista EPOCA (Nº561 de 16.02.2009) tratando da legalização da maconha. Por sinal "defendida" pelo Ex-Presidente FHC. Se fosse Lula que fizesse uma defesa dessas, o mundo vinha abaixo sobre ele...! e seria taxado de maconheiro...!
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