sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

PDVSA ganha novo prazo

PDVSA ganha novo prazo (JC/Economia, 01/12/2011)
PETRÓLEO Petrobras deu 60 dias para a estatal venezuelana providenciar garantias exigidas para se tornar sócia da Refinaria Abreu e Lima

A Petrobras estendeu, por 60 dias, desde ontem, o prazo para a estatal venezuelana PDVSA providenciar as garantias para entrar como sócia da Refinaria Abreu e Lima, que está sendo implantada no Complexo Industrial e Portuário de Suape. Apesar das obras terem sido iniciadas em 2007, a PDVSA até agora não aportou recursos no projeto, enquanto a Petrobras já gastou R$ 9,4 bilhões no empreendimento.
A PDVSA pediu a prorrogação do prazo para formalizar as garantias necessárias que vão permitir à estatal venezuelana receber um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que financia uma parte do empreendimento.
Desde o seu anúncio em 2005, a implantação da Refinaria Abreu e Lima nasceu como uma parceria entre a Petrobras e a PDVSA. A primeira tem uma participação de 60% no empreendimento e a companhia venezuelana entrava com 40%.
As obras da refinaria começaram em 2007. Desde então, a Petrobras já deu pelo menos cinco prazos para a PDVSA formalizar a sua participação na sociedade. O diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, chegou a afirmar que se a PDVSA não entrasse como sócia, o empreendimento seria implantado pela Petrobras.
A situação esquentou entre as duas empresas em julho último, quando a PDVSA chegou a questionar o valor do investimento da refinaria por considerá-lo muito alto. Na época, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que a refinaria era a “ovelha negra” nas relações bilaterais Brasil-Venezuela.
O espanto da PDVSA ocorreu também porque o projeto da refinaria foi ampliado e, com isso, os seus custos também aumentaram muito. Em 2005, a refinaria tinha um custo de implantação de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 4 bilhões). Dois anos depois, o orçamento do empreendimento estava em US$ 4,05 bilhões (aproximadamente R$ 8 bilhões).
Ontem, a assessoria de imprensa da Petrobras informou, via e-mail, que não poderia informar o custo total do empreendimento. No entanto, em julho último a Petrobras divulgou que a implantação do empreendimento teria um custo de US$ 14 bilhões (que na época chegava a R$ 25 bilhões), segundo números que a própria estatal informou ao Tribunal de Contas da União (TCU).

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