sábado, 15 de setembro de 2012

Petrobras cobra presença da PDVSA

JC-Economia, 12/09/2012
 
BRASÍLIA - A presidente da Petrobras, Graça Foster, cobrou ontem que a PDVSA, empresa petroleira da Venezuela, tenha uma maior participação nas obras da construção da Refinaria binacional Abreu e Lima, em Suape. Graça Foster disse que a venezuelana tem até novembro para apresentar suas garantias bancárias. “Se até lá não apresentarem as garantias, vou discutir um novo prazo. Não quero que eles digam: "não, eu não vou. Quero que eles diga que vêm."
Embora seja considerada um sócia da Petrobras no empreendimento (que começou a ser erguido há cinco anos), a PDVSA ainda não colocou nem um centavo no projeto.
Durante a audiência conjunta das comissões de assuntos econômicos e infraestrutura do Senado, a presidente da Petrobras defendeu a obra, a maior de Pernambuco, contra as denúncias de faturamento.
Graça Foster disse que a Petrobras e Tribunal de Contas da União (TCU) usam metodologias diferentes para medir os valores, o que acaba por incluir a refinaria na lista de obras irregulares do tribunal.
"Precisamos sentar para conversar sobre a questão metodológica das planilhas de formação de preço para não cair sempre no mesmo campo de discussão. Não concordamos com as diferenças de preços", disse.
Para ela, houve erro da empresa ao passar 30 anos sem construir nenhuma refinaria no País. "Nós erramos no começo."
AÇÕES
Ainda durante a audiência, comentando o desempenho da estatal, Graça Foster disse ser constrangedor falar sobre o valor das ações da Petrobras. Segundo ela, as ações da empresa vão voltar ao patamar justo depois que a Petrobras obtiver lucros de novas descobertas, como a exploração de óleo. "Os valores das nossas ações voltarão ao patamar justo que foi antes da capitalização. O que posso dizer aos acionistas é que comprem mais ações da Petrobras porque os resultados estão mostrados", disse a presidente da estatal.
Sobre o esperado reajuste de preços nos combustíveis, Graça Foster reiterou que a empresa trabalha pela convergência de preços, sem a paridade imediata com reajustes internacionais. "Não acreditamos que a paridade imediata seja saudável para o País".

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