quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

PDVSA quer solução política para refinaria


Do (JC/Economia, 09/02/2012)

RIO - Sem apresentar ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a comprovação de que tem as garantias financeiras para ser admitida na sociedade que constrói a Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco, a petroleira venezuelana PDVSA tenta resolver o problema de maneira política.

A empresa sustenta que tem o aval da presidente Dilma Rousseff para prorrogar até o último dia de março o prazo de entrega da documentação ao banco.

A estatal da Venezuela não aceita a data de 31 de janeiro dada pela Petrobras para admiti-la como sócia. Ela se baseia no resultado da reunião ocorrida em 1º de dezembro do ano passado, em Caracas, entre os presidentes Dilma Rousseff e Hugo Chávez.

No encontro, Chávez pediu a Dilma, em nome da unidade latino-americana, que o prazo fosse estendido até 31 de março, de acordo com o que apurou o Grupo Estado em conversa com um dirigente da PDVSA na Venezuela, que pediu anonimato.

Como seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma é entusiasta da parceria e quer que Petrobrás e BNDES apoiem a inclusão da PDVSA na sociedade.

A carta que enviou anteontem à Petrobras é entendida pela PDVSA como uma gentileza, já que acredita que o acerto é mais governamental do que administrativo.

DIREÇÃO

Com a troca de comando na Petrobras, a tendência é que haja um entendimento final para que a PDVSA assuma os 40% da obra, como definido por Lula e Chávez há quase sete anos. Para Dilma, o ainda presidente José Sérgio Gabrielli nunca esteve, de fato, alinhado à sociedade entre a Petrobras e a PDVSA, daí as constantes atribulações. Com a nova presidente Graça Foster, muito ligada a Dilma, a expectativa venezuelana é que obstáculos deixem de ser colocados à negociação.

O BNDES não faz comentários sobre a polêmica. A PDVSA limitou-se a apresentar, em agosto, a lista de instituições (Bancos do Brasil e Banco Espírito Santo, de Portugal, ambos com 25%, e Banco de Desenvolvimento da China, com 50%) que lhe darão o suporte financeiro para que pague os 40% do empréstimo de R$ 10 bilhões feito pelo banco nacional de fomento, em 2007, para o início da obra. Até hoje a PDVSA não investiu no projeto

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