quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Operários (da refinaria) voltam a cruzar braços

Operário volta a cruzar braços (JC-Economia, 31/10/2012)

Os trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima e da PetroquímicaSuape voltaram a cruzar os braços ontem, dois meses e meio após protagonizarem cenas de guerra na última paralisação, em agosto. Os operários reclamam do descumprimento de uma promessa de equiparação salarial entre funcionários dos dois canteiros de obras. Hoje os trabalhadores realizam assembleia para avaliar uma possível greve – sem cumprir o prazo formal de 48 horas de estado de greve, um "aviso prévio" legal. O Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) alega que os trabalhadores é que descumpriram o combinado, fala em desconto de horas paradas e pedido judicial de decretação da ilegalidade da parada dos 44 mil operários.De acordo com Leodelson Bastos, assessor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada (Sintepav-PE), no dissídio coletivo da categoria, há 60 dias, ficou estabelecido que durante esse período haveria a produção de um levantamento das principais funções e salários em cada canteiro de obras. “Nós apresentamos o relatório em tempo hábil. Mas eles, além de reduzirem os valores apresentados pela empresa que contratamos ainda excluíram cargos como enfermeiro e almoxarife”, conta Bastos. Um exemplo da diferença salarial, diz, é que na PetroquímicaSuape um encanador industrial ganha R$ 1.950 e na refinaria, R$ 2.360.
O Sinicon, em nota, diz que o combinado era fazer o levantamento por uma comissão com participação das empresas, o que não ocorreu, além de não terem sido considerados tempo de serviço e "outros aspectos" legais.
"O Sinicon considera inoportuna a paralisação ocorrida hoje nas obras do Complexo Petroquímico de Suape e da Refinaria Abreu e Lima e informa que entrará com dissídio junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região solicitando a consideração da ilegalidade da paralisação", encerra a nota.

Nenhum comentário:

Postar um comentário