sábado, 4 de agosto de 2012

Petrobras aguarda garantias da PDVSA

(do JC-Economia, 02/08/2012)

RIO e RECIFE - A presidenta da Petrobras, Graça Foster, disse ontem que a estatal ainda acredita na possibilidade de que a PDVSA participe como sócia da Refinaria Abreu e Lima e que vai aguardar que a estatal venezuelana de petróleo consiga garantias bancárias necessárias à composição societária do empreendimento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Até agora, todo o investimento foi realizado pela Petrobras. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, no entanto falou do cronograma da refinaria anteontem como se já fosse um dos investidores.
A Petrobras assumiu empréstimo de quase R$ 10 bilhões junto ao BNDES em agosto de 2011 para execução do projeto e a PDVSA deveria assumir 40% deste total assim que a estatal venezuelana tivesse garantias bancárias aprovadas. O custo total da refinaria é R$ 26 bilhões.
O assunto foi discutido em reunião realizada no início da semana, em Brasília, com o presidente da PDVSA, Rafael Ramirez. Na oportunidade, Graça Foster convidou Ramirez para visitar as obras. Pelas promessas iniciais do ex-presidente Lula, a refinaria deveria estar pronta em 2010. O orçamento também é um problema. Começou em US$ 2 bilhões. Hoje, já passa de US$ 20 bilhões.
"Eu manifestei ao presidente da PDVSA, que foi a pessoa com quem eu mais conversei que a gente gostaria que eles visitassem a refinaria. É uma obra enorme. São 42 mil pessoas trabalhando e o empreendimento já tem 60,5% das atividades físicas concluídas", disse Graça.
Sobre a sociedade no empreendimento, no entanto, ela admitiu que a estatal venezuelana ainda tem “um trabalho grande a fazer, que é em relação às garantias junto ao BNDES.”
Questionada sobre o tamanho da paciência da Petrobras em relação à espera de uma definição sobre a sociedade, a presidenta disse que o importante é fazer um bom negócio.
A presidenta da Petrobras ressaltou que na hora de sentar com os executivos da PDVSA para discutir "objetivamente" a entrada no empreendimento, todos os custos serão colocados sobre a mesa.

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